O CASO JAIMIM
A sempre elegante e insinuante Paula meteu-se no carro e como já não iria muito adiantada, em relação ás previsões, a fim de ganhar tempo encaminhou-se, para a empresa onde o Jaimim chefiava um departamento.
O caso que tinha em mãos vinha do Serrão, este emprestara dinheiro por três vezes ao rapaz Jaimim. A liquidação falhara, fazendo a abordagem sobre o assunto, dissera que ao fazer os empréstimos, era com intuito apenas de ser útil a um amigo, que lhe apresentara um problema momentâneo.
De resto a quantia era proveniente do seu orçamento familiar, no fundo até teria uma menor remuneração e este estava a faltar ao respeito que lhe era devido.
Havia acordo em tudo o que dissera, a um cheque pré datado foi a imediata satisfação. A coisa só ficara preta, quando o papel, parecendo de borracha, apareceu sem cobertura.
Pela nova lei, a importância não dava direito a apresentar queixa à autoridade, de qualquer modo falaria de novo com a Jaimim. Para este, nada de problemas, pelos visto para ele era assim: “As dívidas velhas não se pagam e as novas deixam-se envelhecer”.
Concordando efectivamente, um individuo quando se deixa degradar por actos fraudulentos, sabendo apresentar-se como cavalheiro, vai sempre ganhando tempo! Atirou com nova data para que o cheque servisse para sacar o dinheiro do banco sem qualquer tipo de problema. Tudo correria bem!...
Mas o papel era como de elástico, tinha o condão de voltar!
Entretanto, soara que o automóvel do devedor tinha sido larapiado, em plena luz solar, à porta do emprego.
O alarme despertou mais o Serrão!... Afinal o desaparecimento dever-se-ia á reiterada falta de pagamento das mensalidades!
- Querem lá ver, que o rico dinheirinho?...
Foi em face desta ocorrência, que contactou os serviços da agência particular de investigações.
Contactado o Jaimim, este não seria um mulherengo assumido, vestia modernamente, o seu fato último grito, gravata e camisa de moda e!...
Um verdadeiro executivo e um gentleman, frente a uma bela mulher!
Nada de indiferenças!
Esta exibindo a seu melhor jeito sedutor, desejava conhecer melhor o interior e o funcionamento da empresa, para o que se apresentara como jornalista “free lancer” a tentar publicar algo sobre modernas empresas.
Enquanto foram fazendo a visita, foi tirando apontamentos, procurando saber pormenores pessoais, pois deduzira já, ter havido quebra de compromisso, com a aquisição do carro, também pelo que aquilatara da personalidade do executivo, afinal talvez a julgar-se um novo rico, sem ter atingido a bitola necessária.
No decorrer da conversa, tratou de saber os balcões bancários com que trabalhava. Um deles seria o lesado em relação ao automóvel, de cuja quebra de compromissos na altura dos pagamentos, quase não restavam dúvidas, apesar dos muitos e variados olhares de gula do seu cicerone.
Gula que, propositadamente provocara com o seu ar insinuante.
Deixou Jaimim, depois de achar-se fadada para o tipo de trabalho a que se propusera e foi até ao escritório, onde encontrou o ajudante, sentado em frente do computador, navegando prazenteiramente, na Internet.
Calmamente, tomou conhecimento do que podia haver de novo, tudo na mesma.
Reviu os casos que já tinha em mãos.
Por ora, tinha afazeres suficientes para ocupar o seu tempo!
Para já, parece que iria ter sucesso na descoberta de casos, sem ter de afrontar a autoridade, o que nunca desejara.
A sua nova ocupação prometia, até porque seria auxiliar do jornalismo de investigação, tudo o que desejara fazer!
Dera por terminada a jornada, com ordens ao ajudante, tendentes a quando o desejasse, poder abandonar o posto de trabalho, o que este imediatamente e sem vacilar acatou.
No dia seguinte, seguiria as pistas imaginadas!...
Tem seguimento
Daniel Costa
segunda-feira, 3 de março de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário