MISTÉRIO DA EDITORA
Desde o ocasional encontro com o Gil, que a Paula muito senhora do seu nariz, não deixava de cismar, atracção á primeira vista, ou o vislumbrar de se ter deparado com o que seria um filão informativo?
Tinha em mãos caso da Zeca, parecia-lhe tão intrincado, que ainda não tinha concluído onde iria iniciar, naquele dia.
Resolveu ficar em casa, onde tinha também uma divisão apetrechada com PC, várias pastas e apontamentos para a sua outra ocupação de “Freelancêr”.
Foi mirando o pulso esquerdo, o relógio para não se perder no tempo oportuno do almoço.
- Bolas o máquina suíça parecia parada!
- Seria o encantado frenesim do futuro almoço com o Gil?
Por fim chegou a um quarto de hora antes do bater das treze. Embelezou-se e com uma pasta com alguns dados do assunto “mistério da editora” dirigiu-se ao restaurante onde era já esperada.
Depois de cumprimentada pelo novo amigo Gil, este cavalheirescamente convidou-a a sentar-se e enquanto esperavam ser atendidos, começaram com uma conversa de circunstância, porém a Paula estava disposta a ir mais longe.
Depois de serem servidos, sim foram abordando vários assuntos, sempre conduzidos pelo Gil. Definitivamente estava encantada com a companhia: Logo ela!...
Este sempre com encantadora tranquilidade, parece que sem qualquer constrangimento, podia abordar qualquer assunto.
A certo ponto, a Paula não se conteve e desajeitadamente, atirou:
- Pá, tão novo e pareces uma enciclopédia ou quê?
- Este Sorriu, retorquindo, “sei que nada sei”, houve um filósofo que disse isto e no meu modo de pensar a vida, estava certo.
De facto, observo o mundo que me rodeia e talvez aprenda algo com isso!...
Cada vez a Paula estava mais amarrada, porém ele já falara no grande amor que dedicava à sua namoradinha Daniela. Parecia que aquela união era do género “até que a morte nos separe” e num tempo em que a média era de três casamentos por pessoa!
Sem rodeios, também abordara casos de amiguinhas mais íntimas. Parece que deixava algo que lhe dava esperanças!
Ficava por tudo, ficaria a segunda, mas o Gil também lhe pertenceria, custasse o que custasse, havia de reparar nela. Não fingiria, mas saberia usar os seus os atributos a que nenhum homem ficava indiferente.
Depois destes rápidos pensamentos, levou-o para outros temas, sempre queria ver o que servia como aliado. Falaram do editor que iria investigar. Upa, o que Gil sabia do caso!
Porém sabia pormenores, para além do que tinha observado guardava segredo. Certos pormenores eram segredo profissional.
Foi a vez da abordagem ao casal Zeca e Helmer. Aí o rapaz Gil, porque sabia algo, por observação própria, parecia mais aberto!
Pelo menos a Paula parecia ter encontrado um grande amigo!
Pensando assim aventurou-se a sugerir o repasto, em conjunto no dia seguinte ao que o Gil acedeu, parece que também lhe agradara a companhia.
Não, não o convidaria ainda a visitá-la em casa. Era prematuro utilizar logo esse truque, para seduzi-lo. Amadureceria primeiro uma futura relação!
E lá foi estabelecer o primeiro contacto com o que designara “Mistério da Editora”!
Daniel Costa
quarta-feira, 26 de março de 2008
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