quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

TEJO NORTE - 1

MARGEM ESQUERDA DO RIO

Do lado esquerda do rio, junto ao estuário onde desembarcaram vários povos, que encantados com a sua grandeza amenidade e calmaria, iam ficando encantadas e iam-se deixando ficar, como se tivessem avistado alguma sereia.
Ao rio ao longo dos tempos, esses povos nas suas línguas, iam denominando-o até que, finalmente ficou o nome por é conhecido hoje, TEJO.
Junto à foz e ao estuário, foram construindo a grande cidade, que também conheceu diversos nomes. Actualmente a grande, cosmopolita e portuária cidade, que já foi capital de um faustoso império, dá pelo nome de Lisboa.
A Paula, uma loiraça, tão atraente quanto insinuante, a uma mulher de quem se podia dizer, com propriedade: Um bom pãooo!...
Na sua pequena cidade do interior, onde não lhe parecia acontecer algo de empolgante, como por certo acontecia, na grande Lisboa, junto á foz do Rio Tejo, o grande colosso, mundialmente conhecido. Afinal, talvez o dito “terras pequenas não fazem gente grande”, fizesse sentido!
O pensamento estava a ser equacionado, na cabeça de Paula, que acumulava o lugar de Secretária de Direcção, com o de jornalista “free lancer”.
E se cambiasse o seu modo de vida, mudando-se para a capital?
- Se bem o pensou, depressa o fez!
De repente, mudou-se de armas e bagagem!
Em breve, tinha a sua nova morada na grande cidade, veria como aconteceriam os factos que tinha na ideia!
Em primeiro lugar, arranjou o seu escritório, onde lhe pareceu ser uma das partes mais modernas da cidade, o sítio ideal para exercer a função de detective particular, já que a mesma era extremamente compatível, senão adequada, ao seu o seu desejo de fazer jornalismo de investigação.
Para uma maior credibilidade, tratou de arranjar um ajudante, a quem instalou numa mesa secretária, com computador ligado à Internet, tal como o seu.
Campelo era o seu nome, o rapaz era alto e bem apessoado. De propósito a selecção não incidiu em alguém com dotes de inteligência, para isso bastava ela, mas alguém dócil que obedecesse prontamente às suas ordens e com quem dialogasse sobre os problemas que se haviam de deparar, como se estivesse a monologar.
Atraente presença física era o que procurava!
Como qualquer empresário, que se preze, reservou determinada verba para publicitar a actividade.
Da mesma resultou, o primeiro cliente, a Zeca. Debatia-se com uma questão, um pequeno problema: O marido com a mania de ser atraente, qual galã cinematográfico, tanto aparecia com verbas engraçadas, a convidá-la para um grande jantar, como com lisura, a pedir-lhe algo do seu ordenado para os seus vários gastos.
O Helmer era mesmo assim!... O marido da Zeca, tinha um grande poder de negociação. Gastador, tanto podia arranjar e aparecer com dinheiro, que logo se “esforçava” por gastar, ficando à “pita”, porque tinha sempre à mão a mulher, muito mais inteligente e cerebral, com a sua solidariedade.
A Zeca saiu, a formosa Paula esfregou as mãos, fez conversa com Campelo, presença que obviamente convocara para assistir.
Depois do que cismou enquanto, rapidamente ia delineando a estratégia a seguir, para o primeiro e interessante caso.

Daniel Costa
Terá seguimento!

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