850 ANOS DO TRATADO
DE ZAMORA
Para comemorar o 850 Aniversário do tratado de Zamora que teve lugar em 1143, os Coreis de Portugal emitiram um belo bloco que, dada a importância da efeméride, fui lançado oficialmente, no decurso de uma cerimónia conjunta com o lançamento do livro “Portugal em Selos 1993”, no Palácio da Independência, em Lisboa, nas instalações da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
Baseado no motivo do lançamento, entre outros intervenientes, o Professor Veríssimo Serrão, deu uma conferência, sublinhando a importância que a cidade de Zamora tem para Portugal.
Em seu discurso, o presidente dos Correios de Portugal, Dr. Alarcão Troni, informou que em 1994 se comemorará o 500 Aniversário do tratado das Tordesilhas, estabelecido entre os reis de Portugal e Castela em 1594, segundo o qual, se dividiria o mundo descoberto e por descobrir, entre os dois países Ibéricos.
O Dr. Alarcão Troni informou, que se pretendia a participação dos Correios da Espanha, das Administrações Postais de língua portuguesa, assim como os países de expressão e cultura castelhana.
Considerando a expansão territorial do seu feudo, entre 1128 e 1137, D. Afonso Henriques persistiu numa rebelião quase permanente contra seu primo Afonso VII de Leão e Castela. Pelo que certamente também lutava para que lhe fosse reconhecido o título de Rei, atribuído a outros grandes dirigentes da península cristã, da época: Os reis de Aragão e de Navarra.
O território de D. Afonso Henriques, era maior do que qualquer dos outros dois e o título de Rei não implicava a quebra dos laços feudais, no que se referia a seu primo, que em 1135 se fez aclamar “imperador”, nas cortes de Leon.
O final deste período de rebelião chegou em 1137 com o tratado de Tui, que estabelece a paz entre os dirigentes da Península, jurando D. Afonso Henriques fidelidade, segurança e ajuda militar contra os inimigos do imperador.
Mas a paz definitiva não chegaria, até Outubro de 1143 quando, graças à intervenção de D. João Peculiar, arcebispo de Braga e ante a presença do legado do papa Inocêncio II, o Cardeal Guido de Bico, nos primeiros dias da reunião de Zamora, jurou paz duradoura, reconhecendo D. Afonso VII o título de Rei ao monarca português que, pouco depois, juraria vassalagem ao papa, colocando-se a si e o seu reino sob a protecção de S. Pedro e da Santa Sé.
Do ponto de vista militar, este pacto entre os dois soberanos, deu por concluído o conflito da fronteira setentrional portuguesa e proporcionou uma acção mais decisiva e intensa na Reconquista em direcção meridional.
Assim o tratado de Zamora não significou, por si só, a independência de Portugal, sim uma importantíssima etapa do processo pelo qual se forjaria a mesma.
BLOCO E SELO: números Afinsa 144 e 2182, respectivamente.
Daniel Costa in CRÓNICA FILÉLICA – Madrid /Fevereiro 1994
NOTA:
Embora este blogue se destine também a outros projectos originais, trarei aqui posts tendentes a reproduzir muito da minha colaboração, que durante doze anos, publicada na revista CRÓNICA FILATALÉLICA editada em Madrid pela AFINSA. Sendo-o, em espanhol procuro reverter para português, pelo que haverá falhas, dado que me desfiz das cópias na língua de Camões.
Deixo aparte o conteúdo da proposta feita à Direcção de Filatelia, que esta levará a aprovação superior para 2009, segundo comunicou.
Daniel Costa
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2 comentários:
Olá Daniel!
Que sejas muito bem vindo a este espaço, gosto de te saber meu vizinho!!!
Com mais tempo virei ler-te...
Por agora, só passei mesmo para te dar as boas vindas e deixar um beijo
Olá Cleo
Tive muito prazer, o mesmo que passarei a ter ao ver-te por cá.
Contarás com o meu apreço, pelas tuas realizações, agora que concretizei entrar no espaço.
Grato, com um beijo,
Daniel
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