MEU OESTE NATAL
Foram vinte anos, os que vivi
Naquela casa construída
Em mil nove trinta e quatro
Mesmo quarto em que nasci
Foi-me me agora designado, por dias,
Adorei!... Dele parti
Rumo ao Bombarral
Visitar, numa escola, um irmão
Desci ao casal do Urmal
Confraternizei com o enciclopédico
Velho amigo António Elias
Recordámos! Não fez mal
Um outro dia!... Peniche
Sempre observando a cidade
A velha ilha de pescadores, por sinal
Cabo Carvoeiro
Mais a Escada de Pilatos
Descendo ao mar, por entre pedraria
Trabalhada pelas marés
Defronta, o rugido do mar afinal
Numa admirável demonstração
Insana do trabalho da natureza
Requer um olhar de admiração,
Sem leveza
E a Nau dos Corvos?
Do mesmo nome ali está
Na ponta do Cabo o restaurante
Encimado do inesquecível mirante!...
Frente à Berlenga
Visão de outro mundo
Imenso Éden, figurino de beleza
Proporciona, a mãe natureza
Sempre pela marginal
Passei pelo Baleal
De novo, o avistar dum mundo
Parecia irreal
A Berlenga de novo, ali à mão
Alguém disse: a ilha parece perto
Temos chuva por certo!
À noite muito trovejou
Seguiu-se uma bátega de água
Não, é realmente profecia
A marcação dos tempos
Mentalmente, funcionando
Na varanda da minha lisboeta casa
Quer seja noite, ou dia.
Daniel Costa
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
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27 comentários:
Daniel,
Espectacular viagem que consegues fazer, e mostrar uma autêntica exposição de arte contemporânea, que qualquer visitante idealizará à sua maneira.
Parabéns
Abraço
Muito bonito o seu poema, Daniel. Poema de reminiscências, colcha de retalhos, que vão sendo costurados pouco a pouco...
Agora com relação ao seu poema "As Conchinhas", se você não gostou da publicação, posso retirá-lo, basta avisar-me.
Um beijo,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
Meu caro amigo!
Isso é tudo lugares que são maravilhas que me fez recordar. São imagens muito familiares num poema bem trabalhado.
Peniche é a minha terra adoptiva.
Um abraço
Já estava chorando e ia entrar no seu Blog esperando encontrar um recado seu, pedindo para retirar o poema. Desculpe-me, mas não consigo conter as lágrimas.
Renata
saudades dos velhos tempos, muito bom.
bjosss...
Daniel, gostei tanto do seu poema... "retalhos de uma vida" a sua.
no fim-de-semana voltarei com mais tempo, tenho tido uns dias CHEIOS de trabalho e à noite, estou demasiado cansada para vir aqui... sorry!
bom resto de semana
um sorriso :)
mariam
Oi Daniel.
Agora tá poetando... :-)
LINDOS!
E este Meu Oeste Natal cheio de lembranças e saudades.
Ótima quinta para você.
Beijos mil! :-)
Belo Oeste português; belo retrato. Mesmo da tua varanda, com o veiículo que possuis, poderás viajar por todo o orbe. É só queres e estares para aí virado!
Tenho um postezito novo tb, se puderes...
Daniel meu amigo.
Pode parecer irreal, mas este mundo que vc desenha com tamanha afetividade, leva-me espiritualmente em suas aragens... Vou galgando nestas paragens... Neste mar, neste mirante... Nesta Lisboa que ainda não conheço, mas que reconheço de muito antes...
Outras vidas, meu caro.
Nesta, tive bisavós portugueses. E, noutra, já fui portuguesa. Amo as ruas calçadas de Lisboa. Respiro este ar umectante.
Beijos.
Ana
P.S.: Há um convite aos amigos, lá no blogue.
dormir no quarto em que nascemos, é obra e não é dado a todos poder festejá-lo!...
Peniche, estive lá por vezes a papar com amigos nas nossas escapadas de fim de semana, nos anos idos...
Bela lembrança e idilica forma de narrar as tuas vivências..Lindo, que Deus permita que voltes lá por muitas e muitas vezes e sempre feliz!...laura.
Caro Daniel,
sua visita me deixou feliz e mais agora ao acessar teu espaço.
Sua narrativa é emocionante! Percorri os mínimos detalhes com precisão e encantamento. Como se já conhecesse essas paragens...
Voltarei para ler os demais posts e o colocarei em minha lista de favoritos para poder retornar.
A lista fica em meu outro blog, Sintonias do Coração. Desde já está convidado a conhecê-lo.
http://hsp7.blogspot.com
Que seu dia seja de muita inspiração e amor.
Grande abraço cá do outro lado do mar,
Helô
A chuva traz consigo semelhançã de sentidos e sentimentos a permanecerem no tempo.
Cadinho RoCo
Oie lindinho! Estava a ler e tentando vislumbrar cada paisagem desse teu lindo poema!
Ah, a minha dor, reside num amor, que há anos sobrevive, pelo sentimento, por ser impossivel de realizar. Mas somos dois seres que se amam de verdade e já por longos quase 30 anos. Entre idas e vindas, lágrimas e sorrisos, encontros e desencontros, estamos juntos; em pensamentos, palavras e ações. Vivendo esse amor de corpo, alma e coração...
Bom fim de semana! Beijos
Amigo querido
"Não sei sonhar todos os meus sonhos,
só sei sonhar o que meu coração pede.
Não sei dar tudo de mim, mas me esforço
para dar o que eu posso"...
beijos e beijos Adorei seu texto viajei
Iana!!!
Bonito poema descrevendo uma viagem, uma recordação ...
Gostei :)
lindíssimo poema,
acompanhei-te na viagem, viagei contigo.
realmente muito bom, gosto de poemas assim, cheios de ritmo!
abraços
Lindo poema, como sempre, Daniel.
Querido:
Por motivos de for íntimo, não sei quando poderei voltar a publicar, por isso postei hoje, mas sempre ligarei o computador para ver se vocês têm vindo prestigiar-me. Há novidades.
Um beijo,
Renata
Eu já não posso visitar a casa, quanto mais o quarto onde nasci.
Agora não há o romanesco de outrora.
Nasce-se na fábrica, se a cegonha chegar a tempo, porque senão ... é num qualquer vão de escadas, estrada ou rua.
É claro que as coisas evoluiram, a segurança é maior, quer para mães e filhos.
Há uns anitos que não vou a Peniche.
Foi aí que apanhei a primeira multa de carro.
20$00, não sei se estava a zurrar se o que fiz era tão grave que estive quase para ficar preso.
Não estava á distância do não seu quê ... para uma passadeira de peões
Obriguei o agente a ir buscar uma fita métrica e depois a escrever uma coisa legível no papel da multa ...
É daqueles casos em que sentimos a mão a fechar-se sobre uma luva de boxe de acertar-lhe na trombeta.
Tinha vindo de África e pouco faltou, a minha mulher é que acalmou os ânimos e o mais engraçado é que o agente, era pai dum "melro" que esteve em Angola comigo. Foi ele que me safou.
Nunca mais estacionei fora das medidas.
Já terá sido colocado novo corrimão, na escadaria que até arrepiava, carcomida pela voragem do mar?
Parti duas vezes para as Berlengas.
Agora parece que já se pode lá pernoitar.
Zona bela para passeios sem pressa.
Por vezes deixo o comentário, copio as letras, clico e "desapareço".
Foi o que sucedeu agora.
Mas fui a tempo de descobrir que ia tudo pelo mar, bravo de Peniche, abaixo.
Eu já não posso visitar a casa, quanto mais o quarto onde nasci.
Agora não há o romanesco de outrora.
Nasce-se na fábrica, se a cegonha chegar a tempo, porque senão ... é num qualquer vão de escadas, estrada ou rua.
É claro que as coisas evoluiram, a segurança é maior, quer para mães e filhos.
Há uns anitos que não vou a Peniche.
Foi aí que apanhei a primeira multa de carro.
20$00, não sei se estava a zurrar se o que fiz era tão grave que estive quase para ficar preso.
Não estava á distância do não seu quê ... para uma passadeira de peões
Obriguei o agente a ir buscar uma fita métrica e depois a escrever uma coisa legível no papel da multa ...
É daqueles casos em que sentimos a mão a fechar-se sobre uma luva de boxe de acertar-lhe na trombeta.
Tinha vindo de África e pouco faltou, a minha mulher é que acalmou os ânimos e o mais engraçado é que o agente, era pai dum "melro" que esteve em Angola comigo. Foi ele que me safou.
Nunca mais estacionei fora das medidas.
Já terá sido colocado novo corrimão, na escadaria que até arrepiava, carcomida pela voragem do mar?
Parti duas vezes para as Berlengas.
Agora parece que já se pode lá pernoitar.
Zona bela para passeios sem pressa.
*
daniel
,
recordar é viver, dizem
,
ilha á vista,
chuva prevista ...
,
saudações
,
*
Olá Daniel!
Fizeste eu voltar ao passado,gdes lembranças e recordações.
Lindo poema.
Obrigado pela visita.
Até...
beijooo.
Nunca vivi muito tempo no mesmo lugar.
Não sei bem o que é sentir falta de uma casa, ou coisas.
Você tem sensibilidade extrema. Adorei.
Beijo
Lindo,
viajei junto,
beijos
Uma viagem por lugares queridos, encantados....
Lindo...
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta
Amigo Daniel
A culpa é do computador não perceber o que quero ... e eu a confiar nas máquinas!
Pelos vistos, temos que desconfiar de tudo.
Beijo, beijo e mais beijo
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