domingo, 27 de julho de 2008

LISBOA CAFÉ - 7

ARCO VOLTAICO

O artigo gramatical zincogravuras à simplificação de um vasto mundo de linguagem, que veio a tornar-se acessível a João Moisés. Palavras como foto, correspondem a reprodução em zinco de uma fotografia e a zinco se o original for só traço, foto zinco se o mesmo desenho engloba os dois. Termos iniciáticos de um outro mundo, dentro de um universo de uma grande cidade, como Lisboa.
Arco voltaico volta à ribalta, associando-se às novas tecnologias, mas na reprodução gráfica, pelo menos na gravura era indispensável, pois quando “fechado” por uns elementos, designados “carvões”, lançando uma luz muito intensa sobre as películas dos desenhos ou fotografias, acopladas à chapa de zinco, onde pela acção ficavam impressos.
Embora houvesse muitas actividades laborais interessantes, por onde uma mente sempre ávida de sabedoria entrava num meio ideal para o efeito, havia outro mundo, o da actividade particular, que se tornara paralelo.
A vida amorosa tinha de estar sempre em destaque, no entanto naquela casa, no meio de dezenas de pessoas, não existia nenhuma do sexo oposto para alegrar mais a vida, claro que João Moisés não de poder apelidar de gela corações, mas a sua juventude não concebia a ausência de comprometimento com alguma mulher.
Mesmo em casa o amadorismo da cartomancia versaria muito esse tema, que depois acabada por ser aflorado na conversação., quando se procurava saber, em vão, como andavam os amores, com a estimulações destinadas a saber algo mais do pouco que se desvendava.
Estímulos, para quê? – Se os mesmos existiam sempre, a divulgação é que era considerada desnecessária.
Mas era a certa altura de todos os rompimentos. Chegara-se a empregado de escritório, era o acesso a um patamar mais elevado socialmente, isto tinha de pesar muito no capítulo dos namoricos.
Este pensamento inevitavelmente levado à prática deu como resultado, rompimentos e ao derriço com a Rosário.
De muitas policromias se foi construindo o ambiente, até chegar a uma situação em que a desfloração ainda estivesse reservada, o que mesmo nos anos sessenta, para certas idades, acabava sempre por ser tida como problemática. Só a partir daí foram procuradas outras qualidades de interesse.
É facto que atravessava uma idade propícia de pensar em casamento e como empregado, tinha ascendido a uma posição para proceder a uma escolha com um olhar de futuro. O regresso ao fim do dia acabava por ser encarado com certa modéstia, por João Moisés, mesmo não deixando de haver alguma sobranceria. Ganhara ascendente como familiar, entre outros hóspedes que eram menos da casa, uma vez que se revelara pessoa de valia.
No próprio escritório da Travessa das Mercês, já tinha chegado à consideração de um dos gerentes, Chico Bento que procurava coordenar toda actividade, o outro Robert cuja entrada era sempre tardia, sentando-se de imediato numa banca de trabalho, que tivera o privilégio de escolher, sem se dar por ele, apesar do seu alto e anafado porte, só se deixando notar pela fumarada, saindo do sacramental cachimbo, que sempre usara como imagem de marca.
Um dia João Moisés ao assistir a toda a bem concebida exposição de um novo cliente, fez o seguinte comentário, depois da sua retirada – “hum!... Este não me comprava os frangos”!... O trabalho teve execução, porém o pagamento acabou do esquecimento dos deuses!...
Chico Bento que fixara aquela frase, tique de origem e muito próprio do funcionário, dali em diante, as conversações sobre a acreditação de nova alteração de ficheiro, passaram a ter o protagonismo deste, com “direito” a veredicto final a entrar em conta.
Chegara a um posicionamento tal, para o que não contribuíra, dada a natural modéstia, mas em que muitos eram culpados de erros, em toda a linha por onde tinha passado a obra, sempre acompanhada de boletim especificando a mesma, porém João Moisés granjeara tal ascendente, que nunca podia ter culpas perante o gerente.
Aconteceu um dia ter havido engano em todas as medidas para zincogravuras, vindas da encomenda de um cliente. Um novo produto a lançar no mercado e a ser publicitado por toda a comunicação social. Foi admitido pelo empregado de expediente de escritório, que o erro de medidas tivesse tido origem no boletim de entrada elaborado por ele.
Não se deu novo tsunami em Lisboa, mas ia caindo o resto do Carmo e da Trindade, situados ali perto. Só fulanos de tal e tal podiam arcar com as culpas, pois mesmo que se estivesse passado algo de mal na entrada, eles tinha obrigação de notar o erro, já que desde sempre eram possuidores das medidas da mancha de cada periódico, pelo tamanho do respectivo grupo de colunas apalavradas, a preencher com aquela promoção.
Foram revistados os locais, no escritório, onde havia a possibilidade de haver arquivado algum documento elucidativo, pois ali trabalhava-se com método. O resultado era o esperado, o lapso fora mesmo originado na entrada.
Como não podia ser dito, ficou só a certeza e um interior acto de contrição a servir para evitar novos deslizes.
Acontece que o facto originou grande prejuízo e algum atraso. Tudo imprevistos, originando uma reunião entre gerentes das duas empresas, onde tudo foi sanado com a divisão de perdas.
Depois disso, o gerente apresentou um velho amigo e cliente, este trazia apenas um pequeno original, destinado a mandar executar uma zincogravura a imprimir numa ampola para medicamento: Apesar da recomendação de ser único e muito importante e das inúmeras e constantes recomendações de Chico Bento:
- “Um original destinado a executar uma gravação tem de ser sempre tratado como peça única”, o mesmo foi bem guardado, mas esquecido.
Só num sonho mais tarde, se fez luz sobre aquele assunto. Um lance, podia dizer-se providencial, por isso mesmo a causar natural estranheza!...
Havia que tomar medidas, nada melhor do que pôr o gerente a par da situação, até porque tinha sido ele mesmo a recomendar o subordinado.
A conversa tida, não obstante, foi cordial. Estava resolvido, tudo se passar perante o cliente, como se o amigo de nada pudesse saber.
Ao telefone, o tratamento do assunto também acabou por correr bem, afinal arranjava-se um outro desenho, entrando o trabalho no circuito normal.
Este gerente, tinha de ser considerado um amigo, apesar do chefe de escritório só se lhe referir como “o carroceiro”, geria a empresa com uma maneira peculiar de tratar bem todos os assuntos respeitantes ao funcionamento da mesma.
Um dia apareceram uns senhores, iam recomeçar um Jornal, que tinha já circulado com a denominação de “A CAPITAL”, um deles era Maurício de Oliveira, que dirigia a “Revista da Marinha”, que sendo impressa em tipografia, como a maior parte, senão todos os periódicos da época, era indefectível cliente daquela casa com entrada pela Travessa das Mercês, o João Moisés foi chamado à reunião, que acabou como se ali inesperadamente, tivesse chegado a sorte grande.
“A CAPITAL” ia renascer na Rua do Século, com sede na frente do velho matutino. Ficava quase imediatamente ao virar da esquina, sendo impresso nas oficinas do saudoso “SÉCULO”.
Por ser vespertino e de formato diferente, a nova unidade de comunicação da tarde, não fora considerada concorrente.
Todas as zincogravuras eram executadas sob as ordens do apodado “carroceiro”, para o que havia de estar operacional, nem que tivesse que ser as vinte quatro horas do dia, se necessário, ficando sempre a funcionar como garante o responsável pelas entradas e saídas dos trabalhos.
Isto originava muitas horas extras, por vezes não sobrava mais do que quinze minutos para a refeição. O mesmo se passava depois do horário convencional, a saída do escritório só acontecia depois de um telefonema para o Jornal, pois este pelo caudal de trabalho tornara-se uma parte relevante da laboração.
Há a notar a curiosidade do Bento, que não tinha hábitos de leitura, a partir de então, não desaproveitava qualquer oportunidade de avançar ser “A CAPITAL” o melhor diário em circulação.
No meio dos operários, havia um trabalhador, ajudante embora não sendo muito novo, na secção de montagem das gravuras, que era filiado na “Legião Portuguesa”, uma unidade do “Estado Novo”.
Era assim; aderiam muitos dos que ficavam livres da tropa, como era o caso, para ganhar direito à isenção de pagamento da taxa militar anual, existente na época.
De quando em vez, lá vinha o chamamento para estar presente numa parada. O homem apareceu algumas vezes vestido a rigor, com o seu fardamento castanho da praxe às apresentações periódicas na unidade, para o que a empresa era obrigada a dispensá-lo.
Esse rapaz não passava de ajudante mas era sociável, a tal ponto que por vezes aguentava ditos sobre a filiação e o garbo que a farda lhe conferia.
A sua índole de vive e deixa viver, dava para servir em muitas circunstâncias, apesar de haver um funcionário de serviços externos para recolha de obras e posteriores entregas, surgiam telefonemas de solicitações de imediatismo e o patrão Bento logo se encarregava de chamar aquele empregado.
Se fosse de tarde, era quase certo o mesmo tirar o tempo necessário, para passar num daqueles cinemas rascas de sessão contínua, normalmente o Olímpia da baixa de Lisboa, onde havia vários e assistir a uma exibição.
Depois, muito naturalmente, dando conta no escritório do trabalho que fora executar, entrava na secção na hora de fechar.

Daniel Costa – JORNAL DA AMADORA

31 comentários:

Vanessa V. disse...

Gostei de ler :)

Cadinho RoCo disse...

Tudo acontece numa dimensão que parte de cada indivíduo, o que resulta em reação diversa.
Cadinho RoCo

Eu sei que vou te amar disse...

Daniel mais um texto profundo e impecavelmente bem descrito!
A historia do casamento, os passeios que nos leva a uma epoca interessante e bem retratada!
Um beijo muito doce

Laura disse...

Olá. Hoje estou mais virada do avesso, o tmepo tá lorota e eu ainda mais! Imagina que fui almoçar à minha mãe, o marido arranjou a porta do armário (ah, homem tem de servir para alguma coisa...) eu fiz leite creme queimado..à minha maneira, ele assou pimentos, bacalhau, coseram-se batatas eles tinham grão, eu não qios, e imagina, uma pinga, valente pinga de um grande amigo do meu pai, verdinho dos lados de Amares, nem queiras saber, e foram logo 3, três copos mesmo que me deixaram assim aluada. como nunca acontece, mas tava calor e agora está a chover...e que bem me caia aquilo e que ahhhssssssssss saiam da minha boca que a minha mãe até se espantava...
Depois arrumei a cozinha e disse que desculpasse, mas queria a minha caminha para sornar um cadinho, só que quando cheguei a casa já a sorna me tinha passsado, e recostei-me a ver tv...

Ontem fui ao cesto das cartas, papeis, cartões desde os meus 15 anos... e desde que fomos para fora de Luanda, e encontrei uma carta do Ogando para mim, do ano de 1980, vinhamos cá de férias e ele queria ir esperar-nos mas não tinha carro na altura. depois estivemos com ele e a mulher. Já nenhum faz parte deste mundo. Tenho cartas do meu pai que escrevia quando estava de serviço fora de Luanda.Enfim, recordações dos tempos bons!...
Um abraço da laura, e claro que o verde nem me atacou por ai além, eu é que tive medo que me deitasse abaixo, nada disso...

Daniel disse...

Vanessa

O exercício de escrever, é por natureza, solitário. Se alguém diz; Gostei! fica-se encantado, partilhámos!
Daniel

Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá!
Daniel - deste no vinte! Muito bem!

Cheguei a este teu blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.

Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. No que estou, pela minha parte, a desenvolver todas as diligências que, naturalmente, me forem possíveis.
E, naturalmente também, para poder enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior).
Já solicitei a colaboração da Embaixada de Portugal em Brasília, que tem à frente dela um diplomata fora de série, o meu querido Amigo, Dr. Francisco Seixas da Costa e na qual se integram mis dois bons Amigos de longos nos: o Adriano Jordão e o Carlos Fino. Seixas da Costa criou um blogue magnífico Embaixada de Portugal no Brasil, www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com, que vos recomendo vivamente visitar. Tem tudo sobre as relações entre as duas Nações. E já fiz o mesmo aqui em Lisboa. Espero receber resposta da Embaixada brasileira.
Este é um desejo que já ultrapassa a simples intenção. Felizmente, neste momento possui muitos comparticipantes – como desejo que seja o teu caso. Mas, com o empenhamento, a ajuda, o entusiasmo e a alegria que tenho encontrado – iremos longe. A internet (apesar dos aspectos negativos que ainda apresenta) tem uma força incomensurável e desenvolvimento tecnológico que se actualiza dia a dia.
Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

PS 1 – Quando navegarmos em velocidade de cruzeiro, quero alargar o Travessa aos outros PALOP. Que achas?
PS 2 – Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
PS 3 - Já compraste o me(a)u »Morte na Picada»? DIZEM que é muito bom. DIZEM… E também há quem tenha escrito que sendo contos da guerra em Angola 66/68 (em que infelizmente e contra vontade participei, é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Já leste? E se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...

SAM disse...

Muito bom, Daniel! Coloquei a boa leitura em dia no seu blog!

Beijos

vieira calado disse...

Reviver outros tempos.

Com a Legião e a Mocidade Portuguesa era como diz.
Muita gente que parecia aderir à ideia, fazia-o apenas para desenrrascar-se, num tempo muito duro que hoje, muita gente não percebe.
Um abraço

Bandys disse...

Oi Daniel,
Li o poema de baixo, maravilhoso.
Eu estava viajando por isso não apareci.

Mas deixo meu beijo aqui pra vc

Sombra de Anja disse...

“Um original destinado a executar uma gravação tem de ser sempre tratado como peça única”

Forte e verdadeiro.
Fico as voltas comigo mesma quando cá venho...é doce demais.

Beijo

Daniel disse...

Cadinho Roco

Acontecia exactamente assim, muita gente, onde um recolhia o trabalho e garantia tempos de entrega. Ficava a depender das mais diversas reacções, por isso tinha de cuidar para que tudo desse certo.
Daniel

Daniel disse...

Naela

Sendo o meu desejo o de compartilhar, reitero-o agradecendo a tua apreciação.
Deixo beijo de reconhecimento.
Daniel

Daniel disse...

Ói Laura

Que bom, ainda há homens que trabalham!
Claro, não conduziste e experimentaste o tinto. Confesso as vezes almocei que aí, não pedia tinto verde, não é preferido. Tendo grão de bico também poupo batatas.
Cá para baixo não chouve, a temperatura tem rondado os 26, com núvens.
Do Ogando, ainda não fui ver revistas.
Poesia, gostei muito e vi que foste ao Cabo Carvoeiro, mas possívelvemte, não sabes como é agradável tomar café no "Café Restaurante a Nau do Corvos" e descer as escadinhas da rocha, até ao mar, nem sabes como esse mar é medonho, nos dias de temporal. Bate na rocha com urros, que chegam à casa onde nasci e que está sempre aberta.
Fica também o parágrago, que menciona a minha passagem, ao longe de Silva Porto, em Outubro 1963:

Há muito o sol tinha entrado na penumbra e de passagem avistaram-se as luzes de Silva Porto.

"Recordar é viver".
Um beijinho
Daniel

Daniel disse...

Antunes Ferreira

Como leitor, para já, julgo lembar-me do nome e ficas convidado.
Neste "Lisboa Café", passarão nomes que te dirão alguma coisa.
É assim, terei uns meses a mais, mas só neste século arranjei disponibilidade, para, a partir do meu diário da passagem pela guerrilha de Angola (Janeiro 1962 / Março 1964), escrever o "Esquadrão 297 em Angola". Está imediatamente antes do "Lisboa..." e já foi proposto para edição em livro, para o que também este grupo está em preparação.
O "Esquadrão" retrata, de certa maneira, a vida de caserna é será auto biográfico, retratando um pouco, indigenas da Gabela e do Dundo (Lunda). Está a encontrar dificuldades, talvez por não parecer mediático.
Sobre o assunto proposto, terei gosto em participar, com artigos do meu blogge mitalaia, onde estou diarimente (hoje não).
Foi 12 anos correspondente da revista "Crónica Filatélica" da Afinsa de Madrid, até ao colapso desta.
No milalaia, de acesso fácil, basta escrever o nome no Google para o encontrar, conduzo o Serviço FRANQUIA, nome da revista filatélica que editei e dirigi, cerca de 30 anos.
Tanto nos Palops, como no Brasil tive bastantes contactos, a ideia agrada.
Portanto eis-me!
Daniel

Daniel disse...

Sam

Bem vinda Sam.
Obrigado e beijos.
Daniel

Daniel disse...

Vieira Calado

Dava jeito ser da Legião, no caso, como em muitos, era para evtar taxa militar. Já a Mocidade, chegou a ser obrigatório, nas escolas.
Naquele tempo, muita gente sabia só o que lhe impingiam. Era preciso ir levando a vida!... Estou a lembrar-me mesmo de gente mais qualificada.
Um abraço
Daniel

Daniel disse...

Olá Bandys

Procurei-te!... Pelos vistos foi boa a viagem!
Obrigado, com um beijo.
Daniel

Daniel disse...

Anja Rakas

O patrão Chico Bento recomendava. Há originais que merecem extremo cuidadado!
Ainda bem, doçura é privilégio.
Beijo
Daniel

poetaeusou . . . disse...

*
que saudades tenho,
da travessa da queimada ...
,
não tem nada a ver,
pois não . . .
tem para mim . . .
,
abraço,
,

Daniel disse...

Poetaeusou

Tem a ver, porque é tudo Bairro Alto, se não estou em erro, foi para lá que se mudou o jornal "A Capital", na mesmoa optica é paralela à Travessa das
Mercês.
Daniel

Daniel disse...

Poetaeusou

Tem a ver, porque é tudo Bairro Alto, se não estou em erro, foi para lá que se mudou o jornal "A Capital", na mesmoa optica é paralela à Travessa das
Mercês.
Daniel

Gasolina disse...

O tempo não me dá tréguas e é feliz que aqui volto.

Além da crónica de especiais costumes, um périplo por Lisboa sobre pontos imperdíveis. E notas de especiarias a dar a vibração necessária à tua escrita viva.

Bem hajas por trazeres tais escritos aqui.

Um beijo

Laura disse...

Ai daniel, nem me mandes nem me sugiras sequer, descer as escadinhas até ao mar, que quando fiquei em Portimão na casa de uns amigos, descia nada mais nada menos que 89 degraus a suar em bica e subir? ui, nunca mais...sentava-me a meio da jorna ehhhhh, ficava chateada por ser assim e podia ir mais longe e viria a pé pela estrada, mas...
vinho maduro bebo quando não há outro...verde semrpe tinto? branco? muitoooo e até parece que sou uma boa nina de emboracar copos, mas nem é assim... gosto de uma pinguita e mais nada, tenho dias e dias que bebo agua sempre...
Um abraço da nina laurita.

Malu Godinho disse...

Muito, mas muito bom seu blog.
Adorei ler o último post.

E depois leio o resto!

Bjus!
Até mais!

xistosa, josé torres disse...

Já andei a vasculhar mas não vi nenhum verde de Amares.
Certamente até era da casta Loureiro que é uma porcaria ... costumo deitar fora ... a garrafa, no vidrão, mas vazia!

Começo pelo fim, naqueles cinemas rascas de sessões contínuas, onde se viam 3/4 do filme, o resto era cola, vi filmes, que, em Castelo Branco, onde vivi 11 anos, nem passaram.
Dizem que o caracol é o marisco do pobre, mas eu acrescento que o do rico é a lesma.

Então assistiu ao renascimento ... de "A Capital" ?

E o nosso João Moisés, sempre apanhou alguma flor para colher?

Faço ideia do barulho que seria daquela maquinaria toda a trabalhar.

Mas ele, no escritório estava mais "abrigado".

Visitei as instalações de "O Século", era miúdo e saí com dores de cabeça ... aquilo era infernal.

O empregado de escritório era um "senhor", até tinha direito a "manguitos".
Sim aqueles preservativos furados dos dois lados, que se enviavam no braço, quase até ao cotovelo, para pouparem as mangas da camisa.

(hoje não acerto com as letras ... foi do Loureiro de Amares)

Daniel disse...

Gasolina

Sempre bem acolhido, sem obrigações.
Sempre desejei Lisboa. De facto sempre achei que tinha nascido para uma grade cidade. Só assim os escritos são possíveis.
Um Beijo
Daniel

Daniel disse...

Laura

Não disse para subires escadas, mas que mesmo vistas de cima sáo agradáveis, de uma beleza talvez selvagem.
De Portimão não conheço escadaria daquelas, talvez fales de da Praia da Rocha.
Com esse tal de AVC, mas os comprimidos inerentes, quando bebo é ni fim da refeição, pouco e bom.
Verde branco, da Quinta da Brejoeira, de preferência.
Poupo muito vinho, bebendo em média 3 litros de água dia, depois de... já ante de... bebia bastante água e em Angola?
Considero-te com um abraço.
Daniel

Daniel disse...

Malu Godinho

Gostei de te ver por cá, ficas convidada!
Bjs
Daniel

Daniel disse...

José Torres

De vinhos, gosto do bom, mas de bebidas, devido a medicamentos para o coração, hipertenção e quezandos, optei apenas por um bom vinho, de vez em quando.
Creio nunca ter ir um desses cinemas de sessões, não calhou, porque faltou-me sempre sempre tempo.
O caracol, cá em casa é especialidade, há fragues, poré este ano não aparecem de jeito e tem vindo menos.
Pois acabei por viver muito, no princípio desta fase da capital, Já escrevi e publiquei, que andavam enganados na data. Devem ter saltado a fase da Rua do Século, em que feita nesse nas instalações desse matutino.
Entrei no Século creio que, depois. A primeira vez, ia falar com alguém e fui dar a um gabinete onde estava o Eng. Sousa Veloso. Este muito simpáticamente, conduziu-me a o gabinete da pessoa com que tinha aprazado o encontro.
E onde se faziam as listas?
Há conheci muita gente do Século, nomeadamente, o cartonista principal, o Baltazar, que aproveitou a primavera mascelista e lá pôs um boneco a propósito. Testou e pronto! Ficou gasto o tempo de antena.
Daniel

Laura disse...

ahhh o xistosa deitou a garrafa fora de vinho de Amares, vazia, claro, já estava a ver...mas acreditem que aquilo soube-me pla vida... Beijinho.

mariam [Maria Martins] disse...

ora mais um capítulo bem interessante da estória do João Moisés...

não conhecia a expressão "Este não me comprava os frangos"!rsrs

e não sei porquê mas parece-me que hoje em dia à muito boa gente a sair dos empregos e a fazer "escapadinhas" a "Olímpias" dos nossos tempos! rsrs

boa semana
um sorriso :)

ah! gostei da estória das suas "heranças" :)